sexta-feira, 27 de maio de 2016

Atenção!

Déficit de Atenção e Dislexia na Escola

Escrito por   


learning-how-to-learn-i

As dificuldades escolares são diversas e multifatoriais, dificultando, muitas vezes, delimitações mais precisas. No entanto, o comprometimento de habilidades estratégicas para o aprendizado, como atenção e leitura, pode determinar prejuízos persistentes e difusos, justificando uma avaliação mais sistemática e aprofundada destas funções. O avanço no conhecimento sobre transtornos como o TDAH e a Dislexia tem melhorado a compreensão geral sobre estas funções, orientando ainda estratégias mais específicas e eficazes de intervenção.

A atenção é a porta de entrada da informação, devendo selecionar o que é relevante e controlar seu processamento pelo cérebro. Entre outros efeitos, a atenção facilita a percepção, a memória e a resposta motora, tendo papel central no aprendizado (seja uma habilidade ou um conteúdo).
A leitura, ao contrário da fala, não é aprendida de forma natural ou intuitiva. Esse processo pode ser favorecido por um trabalho sequencial das habilidades envolvidas. A leitura tem como finalidade a compreensão, e depende da decodificação (conversão de letras em sons) adequada, além do domínio da língua (habilidades da linguagem oral). Presumida a sua aquisição, a linguagem escrita se torna a principal (quase exclusiva) ferramenta de acesso e avaliação dos conteúdos escolares, o que é potencialmente problemático. Separar as demandas de leitura/escrita daquelas próprias da disciplina pode ajudar a delimitar eventuais déficits, além de enriquecer o aprendizado de todos os alunos.
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é definido pela presença de sintomas primários e persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade em níveis disfuncionais. Dificuldades de organização e planejamento (disfunção executiva) são também muito frequentes. A dislexia é um transtorno específico da aprendizagem no qual há uma dificuldade significativa e persistente na leitura, resultante de um déficit na decodificação. A compreensão da linguagem oral encontra-se preservada, diferente do que é observado nas dificuldades primárias de compreensão.
O TDAH e a dislexia são condições prevalentes na infância (acometem cerca de 5% das crianças), com impactos na vida escolar, social e familiar. A possibilidade de diagnósticos adicionais (comorbidades) é a regra – não a exceção – nestes quadros, devendo ser investigados (sintomas de outros transtornos do neurodesenvolvimento, alterações do humor, ansiedade, entre outros). A taxa de comorbidade entre TDAH e Dislexia é elevada e bidirecional (25 a 40% apresentam sintomas do outro transtorno, independente do inicial). Esta associação, muito estudada, envolve complexos mecanismos que são compartilhados por estes transtornos (genéticos, ambientais, comportamentais, cognitivos, etc.). Situações comórbidas evoluem, em geral, com maiores prejuízos, não só acadêmicos como globais (índices de reprovação e evasão escolar, baixa autoestima, problemas de comportamento, etc.). Ambos os transtornos devem ser diagnosticados e tratados. O reconhecimento desta associação é uma tarefa muitas vezes difícil, e requer a avaliação cuidadosa e a colaboração de todos os envolvidos.
Atenção e leitura são habilidades múltiplas e complexas, que variam muito entre as pessoas (são dimensionais). Avaliar adequadamente e entender os diversos perfis de funcionamento são grandes desafios para as Neurociências. A dificuldade de leitura na comorbidade parece se relacionar mais com a desatenção do que com os outros sintomas do TDAH. Em algumas crianças, a impulsividade favorece muito o uso da adivinhação como estratégia compensatória. Caso o comportamento de desatenção esteja presente somente nos momentos de leitura, o diagnóstico de TDAH se torna mais improvável. O papel da atenção visual na dislexia é foco recente de pesquisas, além de outros parâmetros já identificados (velocidade de processamento, memória operacional, etc.).
Estratégias de identificação precoce, prevenção e intervenção têm sido desenhadas a partir deste conhecimento, abrindo interessantes perspectivas. No entanto, há limitações para a generalização destes resultados, que devem estar claras (diferenças entre as línguas, variações culturais, etc.). A transparência é a marca da boa ciência. Um olhar individualizado e bom senso são imprescindíveis em todos os casos. Seguem algumas estratégias gerais em função dos aspectos sinalizados.

HABILIDADES IMPORTANTES PARA A LEITURA

→ Consciência fonológica: capacidade de perceber e manipular sons da fala
- reconhecer os sons das palavras (usar palmas);
- fazer rimas, acrescentar e retirar partes das palavras, formando outras.
 
→ Nomeação de letras e associação letra-som
- usar jogos ou músicas para facilitar a memorização; 
- usar letra bastão, evitando informações conflitantes antes da consolidação desta fase (letra cursiva); 
- evitar exposição a uma segunda língua quando houver dificuldade.
 
→Decodificação fluente (conversão letra-som)
- começar com palavras simples e regulares; 
- aumentar progressivamente a complexidade (palavras maiores, irregulares, frases curtas, etc.)
 
→ Domínio da língua (aspectos estruturais e semânticos) e narrativa oral 
- vocabulário (sentido literal e figurado); palavras derivadas; 
- estrutura frasal e relação entre as frases; 
- pistas do contexto e inferências; 
- ideia central (personagens e fatos principais); 
- sequência temporal e os termos indicativos; 
- informações implícitas (o que o personagem pensou ou sentiu; o que poderia ser diferente).

ACOMODAÇÕES DE LEITURA NA ESCOLA
  → A dislexia é uma dificuldade persistente de leitura, que é sempre mais difícil e cansativa. Embora o desempenho melhore com a prática, as demandas escolares crescentes (textos e enunciados mais extensos e complexos em várias disciplinas) podem manter eventuais lacunas. Além disso, a leitura deve ser estimulada como atividade de prazer, praticada também fora da escola. Para isso, é fundamental possibilitar outras formas de aprendizado, evitando possíveis sobrecargas.
 
 
 ESTRATÉGIAS GERAIS:
→dar mais tempo para o aluno nas atividades que envolvem leitura;

 →aumentar o espaço entre as letras e destacar as partes mais importantes (atenção visual);

 →possibilitar leitura em voz alta dos textos e enunciados quando necessário;

 → esclarecer as dúvidas sobre textos/enunciados (antes de presumir falhas de conteúdo);

 → erros ortográficos atípicos fazem parte do quadro e não devem ser descontados;

→ usar recursos visuais para apresentar ou resumir os conteúdos (desenhos, figuras ou esquemas);

→ permitir que o aluno responda oralmente ou através de recursos visuais;

→ atividades alternativas de aprendizado (museus, exposições, filmes, etc.);

→ permitir a gravação das aulas e/ou indicação material audiovisual sobre o conteúdo*

* A Khan Academy oferece aulas objetivas e muito didáticas sobre diversos assuntos. Podem ser acessadas gratuitamente através do site (em inglês, com legendas): www.khanacademy.org

 A Fundação Lemann está traduzindo este material: www.fundacaolemann.org.br

Artigo escrito pela Dra. Priscila S. Martins - ELO UFRJ


- See more at: http://www.tdah.org.br/br/artigos/textos/item/374-d%C3%A9ficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-e-dislexia-na-escola.html#sthash.wLCMdEm9.dpuf

Post by Karina Neuropsicopedagoga




Ótimas explicações compartilhadas pelo A2O comunicação e da colega de profissão Fabricia Biaso.

por  Karina Neuropsicopedagoga 

Face: https://www.facebook.com/psicopedagogakarina/









quarta-feira, 25 de maio de 2016


Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurobiológico que aparece na maioria das vezes na infância e faz com que a criança tenha dificuldade de aprendizado e comportamental, as características principais são: inquietude, impulsividade e desatenção.
O diagnóstico é feito levando em consideração se o paciente tem dificuldades de comportamento e atenção tanto em casa quanto na escola, o grau e a duração da hiperatividade, impulsividade e desatenção são fatores essencial para um diagnostico correto.
Na década de 1970 estudos comprovaram que cerca de 50% dos casos de TDAH persistem na fase adulta, antes acreditava-se que o transtorno era presente apenas na infância. Atualmente o TDAH afeta cerca de 5% a 10% da população mundial (adultos e crianças) e o sexo masculino é o mais afetado.
Quais são os tipos de TDAH e sintomas ?
Existem algumas variações clínicas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, nem todos os sintomas estão presentes em todos os portadores de TDAH, as pessoas diferem em suas manifestações clínicas que podem ser classificados em três tipos:
Predominante hiperativo-impulsivo: mais visível durante o ensino fundamental, as crianças agem sem pensar e são extremamente agitadas com tendência a serem barulhentas. Alguns sintomas típicos:
Bate pés e mãos com frequência, se contorcem em cadeiras
Corre e escala coisas em momento inapropriados
Levanta da cadeira durante as aulas em momento errados
Fala excessivamente
Não consegue esperar sua vez, para brincar por exemplo
É incapaz de brincar em atividades calmas
Interrompe conversas
Predominante desatento: comumente diagnosticado durante o ensino médio o adolescente tem dificuldade de concentração, é muito desorganizado, não consegue entregar projetos por falta de persistência, outros sintomas:
Dificuldade em manter atenção durante qualquer atividade;
Dificuldade em organizar tarefas;
Não escutam quando falam com elas pois não estão atentas;
Esquece e perde objetos com frequência
Combinado: são diagnosticados em crianças mais novas ainda iniciando o período escolar são ao mesmo tempo agitadas, barulhentas, desatentas e esquecidas.
Sintomas comuns dos três tipos de TDAH :
Baixa auto-estima pois com recebem muitas criticas por sua desatenção
Dificuldade me relacionamentos sociais
Baixa motivação
Transtornos de sono
Dificuldade de aprendizado
Baixa aptidão para atividades físicas
Causas do TDAH
O TDAH assim como TDA é um funcionamento diferente do cérebro que recebe um menor fluxo sanguíneo na região do córtex. Sua causa é de origem biológica: fatores genéticos 75%( inúmeros estudos comprovam a existência de casos familiares) ou fatores adquiridos 25%(Ex: Fumo durante a gravidez, bebes prematuros, alguns tratamentos oncológicos e para encefalite e traumatismos encefálicos).
É importante fixar que padrões educacionais tanto por parte dos pais e professores não são causadores de TDAH.
Tratamento do TDAH
O tratamento de TDAH envolve toda a família do paciente, pois o primeiro passo é a conscientização do transtorno e depois a escola deve ser informada. Os pais devem estar cientes que a educação de crianças co TDAH não é uma tarefa das mais fáceis mas eles são essenciais para o sucesso do tratamento que são feitos em dois pilares:
Tratamento psicoeducativo
Tratamento farmacológico
Os objetivos principais do tratamento são: diminuir os sintomas do TDAH, reduzir os riscos de possíveis complicações e criar um suporte de aprendizado para que a criança consiga se desenvolver e aprenda a conviver com suas deficiências.





Saiba o que é Transtorno do desenvolvimento da linguagem (TDLs)

A comunicação entre as pessoas apenas é possível através linguagem, a aprendizagem e seu desenvolvimento é complexo mas inicia-se simplesmente com a exposição dos seres a linguagem do meio ambiente, como um bebê que aos três meses de idade já desenvolveu a aptidão de olhar para quem esta falando com ele.
O que são os transtornos do desenvolvimento da linguagem?  
Os TDL’s também conhecido como disfasia é a dificuldade que uma criança ter em desenvolver a fala e a linguagem quando ela não tem qualquer limitação de audição, função cognitiva e não possui nenhum problema neurológico.
 Quais os sintomas dos transtornos de desenvolvimento de linguagem?
O ser humano tem contato com nossa linguagem desde o segundo bimestre de gravidez quando seu ouvido já esta desenvolvido e ao nascer esse aprendizado evolui com a criança falando algumas palavras ao um ano de idade e reconhecendo seu nome .
Aos cinco anos de idade a criança já formou a base para se comunicar como: sintaxe, fonologia, semântica e pragmática e já possui habilidades como: vocabulário extenso, linguagem legível, capacidade de formar frases completas e contar historias bem estruturadas, é capaz de entender perguntas, compreendem os conceitos de espaço e tempo, capacidade de manter contato visual durante uma conversa e já associa o sons das letras aos seus símbolos escritos. Cada pessoa tem o seu tempo para aprendizagem mas quando aos 7 anos a criança apresenta alguma discrepância significativa nesse processo de aprendizagem é preciso verificar o motivo.
Abaixo segue um tabela* com o desenvolvimento normal da linguagem em cada fase da infância: 
0 a 3 mesesVocalizações pouco diferenciadas
3 a 4 mesesBalbucio. Busca a origem do som
5 a 6 mesesResponde vocalmente ao estímulo
7 a 8 mesesDissílabos sem significado
9 a 10 mesesPré-conversação com balbucio
11 a 12 mesesEntende algumas palavras
12 a 18 mesesPrimeiras palavras. Aumenta a compreensão e a produção de palavras
18 a 24 mesesFrases de dois elementos. Aos 18 meses conhece 20 palavras
24 a 30 mesesFrases de três elementos. Conhece umas 200 palavras ao dois anos. Obedece a duas ordens. A metade da linguagem é inteligente
30 a 36 mesesFrases de quatro elementos. Utiliza pronomes
3 anosA maior parte da linguagem é inteligível. Faz perguntas. Consegue cantar algumas músicas e compreende histórias
5 anosSintaxe clara. Linguagem inteligível
*Fonte: Livro Porque é tão difícil aprender – Autora: Anna Sans Fitó – Ed. Paulinas
 Alguns sinais que indicam algum transtorno de linguagem:
  • Atraso ou lentidão na fala;
  • A compreensão da linguagem é alterada;
  • Dificuldade de combinar palavras para formar frases;
  • Alterações Fonológicas (troca de sons na fala)
  • Não consegue formar frases tem grande dificuldade com verbos e preposições (alteração morfossintática);
  • Fala ininteligível, ninguém consegue entender a fala da criança
  • Dificuldade de contar uma história;
  • Grande dificuldade de aprender a falar e a escrever
 Quais tipos de transtorno de linguagem?
Os tipos de transtorno que afetam a fala e a linguagem e podem ser divididos em 04 tipos:
  • Transtorno específico da articulação da fala: Quando o utilização do fonemas pela criança não corresponde a sua idade mas o nível aptidão linguística é normal. Ex: Dislalia, Lalação, Disritmias e Gagueira
  • Transtorno expressivo de linguagem: A criança não consegue se expressar de acordo com sua idade, mas compreende normalmente. As vezes pode apresentar também problema no aparelho bucofonador( língua, lábios, etc) Ex: Disfasia ou Afasia de desenvolvimento do tipo expressivo
  • Transtorno receptivo da linguagem: Nesse caso a criança não consegue ter um entendimento da linguagem que deveria ter de acordo com sua idade e a linguagem expressiva fica prejudicada também por ela precisar compreender antes de expressar-se. Ex: Agnosia auditiva congênita, Surdez verbal
  • Afasia adquirida com epilepsia (Síndrome de Landau-Kleffner): Acontece entre os 3 e 7 anos de idade, a criança já havia desenvolvido a linguagem mas por causa de convulsões epilépticas as habilidades de linguagem são perdidas em questão de dias ou semanas.
 Quais são as causas de TDLs?
A ciência ainda não aponta uma causa especifica mas detectou que os transtornos de linguagem acontecem devido a um mal funcionamento de uma parte do cérebro que processa a linguagem. Existem grandes evidências de influência genética, de problemas relatados na família do paciente atual. Essas falhas do cérebro não são possíveis detectar através de exames clínicos como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética, o diagnóstico é feito de forma clínica com o psicopedagogo.
Qual o tratamento para TDLs?
Existem uma grande variação dos TDL’s cada criança apresenta uma dificuldade especifica na linguagem por isso o tratamento é individual uma reeducação com o psicopedagogo mas a família e principalmente a escola devem se adaptar as necessidades dessa criança pois a linguagem esta presente em todos os tipos de aprendizado. É importante considerar que a criança afetada por esses transtornos consequentemente tem problemas sociais e sua autoestima costuma ser baixa o que pode levar a quadros de depressão por ela se sentir excluída dos grupos que conhece.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Como colocar limites em uma criança autista?

Começar desde cedo e não ceder aos gritos é o melhor para a criança

ARTIGO DE ESPECIALISTA PUBLICADO EM 04/09/2013
foto especialista
Dra. Evelyn Vinocur 
PSIQUIATRIA - CRM 303514/RJ
ESPECIALISTA MINHA VIDA


autismo se caracteriza, entre outros sintomas, por rigidez e inflexibilidade do pensamento, linguagem e comportamento. A criança tende a adotar uma rotina própria, com rituais específicos e a apresentar grande sofrimento ao ter que abrir mão dos mesmos, como interromper gestos repetitivos e mudar de ambiente. Por isso mesmo, os pais podem acabar tendo problemas ao lidar com as crianças, e dúvidas como ?cedemos às suas ameaças ou resistimos??. Mas como todo filho, eles precisam de limites para crescerem felizes, com ou sem autismo

A criança autista tem mais problemas em ser contrariada?

Pelo déficit cognitivo, dificuldade de expressar sentimentos, presença de comportamentos obsessivo-ritualísticos, compreensão literal da linguagem, não aceitação a mudanças e dificuldades nos processos criativos, a criança autista pode ter crises de fúria diante das mudanças impostas. Quando contrariada e ouve um "não", ela se vê diante da frustração e pode reagir com muita raiva. 
A imposição precoce de limites nessas crianças é essencial, embora bem dolorosa, principalmente se os pais exageram na emoção ou culpa, perdendo a razão. Uma dica é estabelecer limites já nos primeiros anos de vida da criança, facilitando o seu aprendizado. Quanto antes a criança aprender a lidar com limites, raiva e frustração, melhor será a sua capacidade adaptativa. Cabe aos pais a decisão do que a criança pode ou não fazer e o ideal é que seja feito sem pena e sim com a certeza de que está se fazendo o melhor para o seu futuro.
A definição de regras a uma criança não é fácil, independente do diagnóstico de autismo, tanto que dificuldades em dar limites são amplamente descritas na literatura de crianças com outros transtornos e até em crianças sem problemas aparentes. Em qualquer situação é sabido que o estabelecimento precoce de limites é essencial a qualquer criança, já nos seus primeiros anos de vida. 
Nas crianças autistas, quanto mais precoce for a colocação de limites, menos penoso será o manejo com a criança ao longo da vida e mais fácil será o seu aprendizado e a sua capacidade adaptativa na vida. Quanto mais claros e objetivos forem os pais, mais rápido a criança entenderá o que é esperado dela, facilitando a sua compreensão de quando o "não" é de fato um "não". A autoridade parental deve ser exercida sem autoritarismo e a última palavra tem que ser sempre dos pais. 

Quando o grau é mais severo

Crianças com graus mais severos de autismo certamente demandarão mais esforços parentais na colocação de limites, até por conta dos prejuízos cognitivos e comportamentais serem mais crônicos. É possível que o sistema nervoso central seja mais imaturo e o quociente de inteligência (QI), menor. Tais déficits cognitivos podem dificultar a compreensão do seguimento de regras de obediência, da capacidade de lidar com a figura de autoridade e de interromper uma atividade prazerosa do momento. Casos mais graves têm demanda de definição de limites mais precoce, para uma melhor educação, sociabilização e amadurecimento cerebral bem como na promoção da saúde global do sistema familiar. 

Equilíbrio entre estímulo ao desenvolvimento com os limites

O compromisso dos pais com o estímulo e consequente desenvolvimento das habilidades infantis faz toda a diferença. Só que nenhuma criança é igual à outra. Por isso, cada família deverá seguir uma receita personalizada e única para a criança autista. 
Conhecimento da doença, bom senso e determinação deverão ser levados em conta no manejo da criança. A sua estimulação, portanto, será individual e de acordo com as suas características, cujos limites terão que ser respeitados e dentro do que ela é capaz de suportar. Os estímulos adequados funcionam como reforçadores positivos ao comportamento da criança. 
As habilidades de uma criança autista podem ser altas ou baixas, dependendo do coeficiente intelectivo e da capacidade de comunicação verbal. Com o tratamento precoce e adequado, algumas crianças autistas poderão desenvolver aspectos de independência ao longo da vida. É do equilíbrio entre a estimulação e o freio nessas crianças que elas desenvolverão ao máximo o seu potencial e habilidades de vida, levando-se em conta os seus limites e o contexto ao qual ela se insere. 

Buscando ajuda

As terapias familiares são uma das peças chaves à educação da criança autista. A família não deve abrir mão do seu lazer, bem-estar e de seus limites. A criança autista deve ser tratada como um membro da família e não como um "soberano" ou um doente, a quem tudo é permitido. 
É recomendado que os pais conversem entre si e decidam as regras da casa. Pais de opiniões distintas criam um meio familiar confuso, com vários canais diferentes de comunicação. Sem parâmetros definidos, a criança pode desafiá-los. Ela aprende que insistindo exaustivamente, acabará obtendo o que deseja, pois os pais acabarão cedendo. A criança manipula os pais "tiranicamente", com total subserviência dos pais aos desejos e caprichos da criança. 
Os pais precisam ser firmes e taxativos no olhar, postura, palavras e atitudes. Jamais gritar ou bater. Resistir ao choro e gritos da criança, apenas contendo comportamentos autoagressivos. Uma rotina diária, justa e coerente favorecerá uma relação de confiança, em que os pais instruem e oferecem um modelo positivo a ser seguido. 
Outra dica importante é o diálogo. Espere um momento tranquilo em casa e converse com seu filho, explique os motivos pelos quais você não poderá satisfazê-lo sempre. Por vezes, não dar qualquer alternativa também é uma boa. Se a hora de sair do computador é 17h, ele deverá sair nesse horário e ponto final. Criando costumes com coerência, a criança tende a ficar menos resistente às regras. 

Superando os limites


Muitas vezes as crianças autistas sofrem preconceito por não se adaptarem bem às escolas tradicionais – ou será que são as escolas que não se adaptam a elas? Na cidade de Nova York, EUA, um professor convidou seu filho autista de apenas 11 anos para assistir a uma de suas aulas – e ele foi capaz de impressionar os outros estudantes.
Enquanto estava no local, o garoto se levantou e começou a desenhar um mapa-mundi extremamente detalhado, ajudado apenas pela memória. O menino incluiu até mesmo nomes de alguns países, como o Brasil e a Turquia.
Sua habilidade impressionou tanto que o usuário bobitis, do Reddit, publicou uma foto do mapa na rede, seguido pela mensagem “Um menino de 11 anos com autismo entrou na aula da faculdade das minhas filhas hoje e desenhou isso de cabeça”. A foto recebeu mais de mil comentários.
Dá uma olhada no impressionante nível de detalhe:


mapa1

mapa2

mapa3

mapa4


Síndromes e Transtornos

Estive pesquisando em sites uma Listagem sobre Síndromes e Transtornos voltados para Aprendizagem, não encontrei absolutamente nada, pasmem mas é sério. Então eu mesma resolvi montar e pedi auxílio para correção de minha amiga Daniele Galvão Farias.

Lista de Síndromes, Dificuldades e Transtornos de Aprendizagem

·         -  Afasia;
·           - Anusia;
·           - Disortografia;
·           - Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA);
·           - Dislalia;
·           - Dislexia;
·           - Discalculia;
·           - Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA);
·           - Hiperlexia é uma condição de desenvolvimento relacionada ao autismo;
·           - Limitrofia;
·           - Paralisia Cerebral – PC ;
·           - Problemas relacionados á fala;
·           - Síndrome de Down;
·           - Síndrome de Tourette;
·           - Síndrome de Willians;
·           - TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade;
·           - Transtorno de Déficit de Atenção;
·           - TANV -  Transtornos de Aprendizagem Não Verbal;
·           -Transtorno do Espectro do Autismo e Transtorno de Asperger;


Listagem montada por Ericka Vanessa

by Ericka Vanessa Formada em Pedagogia, Artes e Pós Graduada em Psicopedagogia Institucional 
CBO 239425.

Como melhorar seu rendimento nos estudos! Ministrado por Daniele Galvão

As mordidas infantis

Por que as crianças mordem? Seria normal?

by  Ericka Vanessa

Recordo-me que estudei na Pós de Pisco que as crianças á partir de zero ano de idade tem suas fases, como a fase oral onde o bebê mama no seio da mãe é uma das primeiras coisas que ele faz assim que nasce, seu primeiro contato íntimo e pessoal, onde descobre o mundo através desse ato, é o ponto de partida da fase oral, que termina por volta dos dois anos.
Essa fase é onde a criança irá entender o mundo pela boca, irá conhecer as coisas á seu redor, onde a tendência é colocar tudo na boca, aproximadamente até os 18 meses de idade.
Na fase oral, os bebês usam a boca para se alimentar, para descobrir o mundo e para ter prazer também. Pelas sensações que ele tem com os lábios e a língua ele descobre as texturas de que gosta e de que não gosta e o que consegue fazer com a boca, como pegar e soltar o bico do seio da mãe ou a chupeta. No começo, ele não entende que ele e a mãe são coisas diferentes, mas é por meio também dessa brincadeira que ele começa a perceber isso.
Quando a criança atinge de dois á três anos de idade começam a manifestar atitudes como além de colocarem tudo na boca, começam os puxões de cabelo e as famosas mordidas, o ato de morder é uma forma de expressão, uma fase passageira.
As crianças nessa faixa etária utilizam a mordida como reação de raiva, é uma forma de comunicação e de expressão de sentimentos, pois ela não domina a linguagem, não sabe pedir, reclamar.
As crianças pequenas ainda não verbalizam com fluência e a linguagem do corpo acaba sendo mais eficaz. Nessa fase em que ainda não têm o domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para demonstrar descontentamento, alegria, descobertas.
Onde a criança utiliza artifícios como forma de se expressar, para se comunicar e interagir com os outros é pelos meios físicos, como morder, bater, puxões de cabelo, agressão física, dar empurrões, desta forma esta demonstrando sua reação, pois não consegue interagir com o mundo, expressar suas vontades e desejos através da linguagem.
Então por que as crianças mordem, é normal? Até por volta dos três anos de idade e normal, as crianças acham que tudo que as rodeia é delas, é a fase egocêntrica da criança, não sabe dividir, ela não tem noção que ao morder o coleguinha poderá ter machucado, não tem maldade e nem visão do feito.
O que fazer? Recomenda-se que Imediatamente diga-lhe: “NÃO”, em tom calmo, mas firme e com cara de desaprovação. Os maus hábitos devem ser cortados pela raiz.
Aos poucos, à medida que a linguagem for sendo desenvolvida e as construções sociais adquiridas, as mordidas vão sendo substituídas pelo diálogo.
Incentive seu filho a falar, incentive a pedir objetos e brinquedos que queira, não reforce falar palavras erradas, por mais bonito que você ache, incentive falar corretamente ou tente, incentive da forma correta.
Se este recurso persistir pode ser sinal de que algo não vai bem e precisa ser investigado com maior atenção.


Sou Formada em Pedagogia, Artes e Psicopedagogia Institucional 
CBO 239425, pelas faculdades FACIC e FASC