segunda-feira, 16 de maio de 2016

Como colocar limites em uma criança autista?

Começar desde cedo e não ceder aos gritos é o melhor para a criança

ARTIGO DE ESPECIALISTA PUBLICADO EM 04/09/2013
foto especialista
Dra. Evelyn Vinocur 
PSIQUIATRIA - CRM 303514/RJ
ESPECIALISTA MINHA VIDA


autismo se caracteriza, entre outros sintomas, por rigidez e inflexibilidade do pensamento, linguagem e comportamento. A criança tende a adotar uma rotina própria, com rituais específicos e a apresentar grande sofrimento ao ter que abrir mão dos mesmos, como interromper gestos repetitivos e mudar de ambiente. Por isso mesmo, os pais podem acabar tendo problemas ao lidar com as crianças, e dúvidas como ?cedemos às suas ameaças ou resistimos??. Mas como todo filho, eles precisam de limites para crescerem felizes, com ou sem autismo

A criança autista tem mais problemas em ser contrariada?

Pelo déficit cognitivo, dificuldade de expressar sentimentos, presença de comportamentos obsessivo-ritualísticos, compreensão literal da linguagem, não aceitação a mudanças e dificuldades nos processos criativos, a criança autista pode ter crises de fúria diante das mudanças impostas. Quando contrariada e ouve um "não", ela se vê diante da frustração e pode reagir com muita raiva. 
A imposição precoce de limites nessas crianças é essencial, embora bem dolorosa, principalmente se os pais exageram na emoção ou culpa, perdendo a razão. Uma dica é estabelecer limites já nos primeiros anos de vida da criança, facilitando o seu aprendizado. Quanto antes a criança aprender a lidar com limites, raiva e frustração, melhor será a sua capacidade adaptativa. Cabe aos pais a decisão do que a criança pode ou não fazer e o ideal é que seja feito sem pena e sim com a certeza de que está se fazendo o melhor para o seu futuro.
A definição de regras a uma criança não é fácil, independente do diagnóstico de autismo, tanto que dificuldades em dar limites são amplamente descritas na literatura de crianças com outros transtornos e até em crianças sem problemas aparentes. Em qualquer situação é sabido que o estabelecimento precoce de limites é essencial a qualquer criança, já nos seus primeiros anos de vida. 
Nas crianças autistas, quanto mais precoce for a colocação de limites, menos penoso será o manejo com a criança ao longo da vida e mais fácil será o seu aprendizado e a sua capacidade adaptativa na vida. Quanto mais claros e objetivos forem os pais, mais rápido a criança entenderá o que é esperado dela, facilitando a sua compreensão de quando o "não" é de fato um "não". A autoridade parental deve ser exercida sem autoritarismo e a última palavra tem que ser sempre dos pais. 

Quando o grau é mais severo

Crianças com graus mais severos de autismo certamente demandarão mais esforços parentais na colocação de limites, até por conta dos prejuízos cognitivos e comportamentais serem mais crônicos. É possível que o sistema nervoso central seja mais imaturo e o quociente de inteligência (QI), menor. Tais déficits cognitivos podem dificultar a compreensão do seguimento de regras de obediência, da capacidade de lidar com a figura de autoridade e de interromper uma atividade prazerosa do momento. Casos mais graves têm demanda de definição de limites mais precoce, para uma melhor educação, sociabilização e amadurecimento cerebral bem como na promoção da saúde global do sistema familiar. 

Equilíbrio entre estímulo ao desenvolvimento com os limites

O compromisso dos pais com o estímulo e consequente desenvolvimento das habilidades infantis faz toda a diferença. Só que nenhuma criança é igual à outra. Por isso, cada família deverá seguir uma receita personalizada e única para a criança autista. 
Conhecimento da doença, bom senso e determinação deverão ser levados em conta no manejo da criança. A sua estimulação, portanto, será individual e de acordo com as suas características, cujos limites terão que ser respeitados e dentro do que ela é capaz de suportar. Os estímulos adequados funcionam como reforçadores positivos ao comportamento da criança. 
As habilidades de uma criança autista podem ser altas ou baixas, dependendo do coeficiente intelectivo e da capacidade de comunicação verbal. Com o tratamento precoce e adequado, algumas crianças autistas poderão desenvolver aspectos de independência ao longo da vida. É do equilíbrio entre a estimulação e o freio nessas crianças que elas desenvolverão ao máximo o seu potencial e habilidades de vida, levando-se em conta os seus limites e o contexto ao qual ela se insere. 

Buscando ajuda

As terapias familiares são uma das peças chaves à educação da criança autista. A família não deve abrir mão do seu lazer, bem-estar e de seus limites. A criança autista deve ser tratada como um membro da família e não como um "soberano" ou um doente, a quem tudo é permitido. 
É recomendado que os pais conversem entre si e decidam as regras da casa. Pais de opiniões distintas criam um meio familiar confuso, com vários canais diferentes de comunicação. Sem parâmetros definidos, a criança pode desafiá-los. Ela aprende que insistindo exaustivamente, acabará obtendo o que deseja, pois os pais acabarão cedendo. A criança manipula os pais "tiranicamente", com total subserviência dos pais aos desejos e caprichos da criança. 
Os pais precisam ser firmes e taxativos no olhar, postura, palavras e atitudes. Jamais gritar ou bater. Resistir ao choro e gritos da criança, apenas contendo comportamentos autoagressivos. Uma rotina diária, justa e coerente favorecerá uma relação de confiança, em que os pais instruem e oferecem um modelo positivo a ser seguido. 
Outra dica importante é o diálogo. Espere um momento tranquilo em casa e converse com seu filho, explique os motivos pelos quais você não poderá satisfazê-lo sempre. Por vezes, não dar qualquer alternativa também é uma boa. Se a hora de sair do computador é 17h, ele deverá sair nesse horário e ponto final. Criando costumes com coerência, a criança tende a ficar menos resistente às regras. 

Superando os limites


Muitas vezes as crianças autistas sofrem preconceito por não se adaptarem bem às escolas tradicionais – ou será que são as escolas que não se adaptam a elas? Na cidade de Nova York, EUA, um professor convidou seu filho autista de apenas 11 anos para assistir a uma de suas aulas – e ele foi capaz de impressionar os outros estudantes.
Enquanto estava no local, o garoto se levantou e começou a desenhar um mapa-mundi extremamente detalhado, ajudado apenas pela memória. O menino incluiu até mesmo nomes de alguns países, como o Brasil e a Turquia.
Sua habilidade impressionou tanto que o usuário bobitis, do Reddit, publicou uma foto do mapa na rede, seguido pela mensagem “Um menino de 11 anos com autismo entrou na aula da faculdade das minhas filhas hoje e desenhou isso de cabeça”. A foto recebeu mais de mil comentários.
Dá uma olhada no impressionante nível de detalhe:


mapa1

mapa2

mapa3

mapa4


Síndromes e Transtornos

Estive pesquisando em sites uma Listagem sobre Síndromes e Transtornos voltados para Aprendizagem, não encontrei absolutamente nada, pasmem mas é sério. Então eu mesma resolvi montar e pedi auxílio para correção de minha amiga Daniele Galvão Farias.

Lista de Síndromes, Dificuldades e Transtornos de Aprendizagem

·         -  Afasia;
·           - Anusia;
·           - Disortografia;
·           - Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA);
·           - Dislalia;
·           - Dislexia;
·           - Discalculia;
·           - Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA);
·           - Hiperlexia é uma condição de desenvolvimento relacionada ao autismo;
·           - Limitrofia;
·           - Paralisia Cerebral – PC ;
·           - Problemas relacionados á fala;
·           - Síndrome de Down;
·           - Síndrome de Tourette;
·           - Síndrome de Willians;
·           - TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade;
·           - Transtorno de Déficit de Atenção;
·           - TANV -  Transtornos de Aprendizagem Não Verbal;
·           -Transtorno do Espectro do Autismo e Transtorno de Asperger;


Listagem montada por Ericka Vanessa

by Ericka Vanessa Formada em Pedagogia, Artes e Pós Graduada em Psicopedagogia Institucional 
CBO 239425.

Como melhorar seu rendimento nos estudos! Ministrado por Daniele Galvão

As mordidas infantis

Por que as crianças mordem? Seria normal?

by  Ericka Vanessa

Recordo-me que estudei na Pós de Pisco que as crianças á partir de zero ano de idade tem suas fases, como a fase oral onde o bebê mama no seio da mãe é uma das primeiras coisas que ele faz assim que nasce, seu primeiro contato íntimo e pessoal, onde descobre o mundo através desse ato, é o ponto de partida da fase oral, que termina por volta dos dois anos.
Essa fase é onde a criança irá entender o mundo pela boca, irá conhecer as coisas á seu redor, onde a tendência é colocar tudo na boca, aproximadamente até os 18 meses de idade.
Na fase oral, os bebês usam a boca para se alimentar, para descobrir o mundo e para ter prazer também. Pelas sensações que ele tem com os lábios e a língua ele descobre as texturas de que gosta e de que não gosta e o que consegue fazer com a boca, como pegar e soltar o bico do seio da mãe ou a chupeta. No começo, ele não entende que ele e a mãe são coisas diferentes, mas é por meio também dessa brincadeira que ele começa a perceber isso.
Quando a criança atinge de dois á três anos de idade começam a manifestar atitudes como além de colocarem tudo na boca, começam os puxões de cabelo e as famosas mordidas, o ato de morder é uma forma de expressão, uma fase passageira.
As crianças nessa faixa etária utilizam a mordida como reação de raiva, é uma forma de comunicação e de expressão de sentimentos, pois ela não domina a linguagem, não sabe pedir, reclamar.
As crianças pequenas ainda não verbalizam com fluência e a linguagem do corpo acaba sendo mais eficaz. Nessa fase em que ainda não têm o domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para demonstrar descontentamento, alegria, descobertas.
Onde a criança utiliza artifícios como forma de se expressar, para se comunicar e interagir com os outros é pelos meios físicos, como morder, bater, puxões de cabelo, agressão física, dar empurrões, desta forma esta demonstrando sua reação, pois não consegue interagir com o mundo, expressar suas vontades e desejos através da linguagem.
Então por que as crianças mordem, é normal? Até por volta dos três anos de idade e normal, as crianças acham que tudo que as rodeia é delas, é a fase egocêntrica da criança, não sabe dividir, ela não tem noção que ao morder o coleguinha poderá ter machucado, não tem maldade e nem visão do feito.
O que fazer? Recomenda-se que Imediatamente diga-lhe: “NÃO”, em tom calmo, mas firme e com cara de desaprovação. Os maus hábitos devem ser cortados pela raiz.
Aos poucos, à medida que a linguagem for sendo desenvolvida e as construções sociais adquiridas, as mordidas vão sendo substituídas pelo diálogo.
Incentive seu filho a falar, incentive a pedir objetos e brinquedos que queira, não reforce falar palavras erradas, por mais bonito que você ache, incentive falar corretamente ou tente, incentive da forma correta.
Se este recurso persistir pode ser sinal de que algo não vai bem e precisa ser investigado com maior atenção.


Sou Formada em Pedagogia, Artes e Psicopedagogia Institucional 
CBO 239425, pelas faculdades FACIC e FASC