sábado, 19 de março de 2016

Dr. Clay Brites


A partir de agora teremos a colaboração em nosso Blog do Dr. Caly Brites Neuropediatra, Pesquisador e vice presidente da ABENEPI

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Dr Clay Brites é pediatra e neuropediatra formado pela Santa Casa de São Paulo, vice-presidente da Abenepi Capítulo Paraná; Pesquisador do Laboratório de Dificuldades e Distúrbios da Aprendizagem e Transtornos da Atenção - Disapre UNICAMP; docente do curso de Pós-Graduação de Neuropsicologia aplicada à Neurologia Infantil na Unicamp e membro do Departamento de Neurologia da Sociedade Paranaense de Pediatria. 

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Foto Post


Incluindo o Autista na Escola







Epilepsia e Dificuldades de Aprendizagem



DSM 5 e o Diagnóstico no TEA





Desenvolvimento Infantil: Atividades práticas
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Luciana Mota Dias Brites



 

Pedagoga, Psicopedagoga e Psicomotricista

Síndrome de Down


A motivação, estímulos e amor mudam ..... a vida 
Conheça a vida de Renan Henrique Codogno

Muito além do desejo



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Em pleno século 21, muito se fala em inclusão sem barreiras. Mas quando o assunto é sexualidade, pais e sociedade preferem fingir que nada acontece. Segundo Fátima Bozelli, pediatra e coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente de Mirassol, a pessoa com deficiência intelectual tem os mesmos sentimentos de desejo que a pessoa sem deficiência. "A sexualidade é inerente à condição humana. É uma função natural e existe em todos, mas, apesar das diferenças entre os deficientes intelectuais, incluindo a Síndrome de Down, quase todos são capazes de aprender a desenvolver algum nível de habilidade social e conhecimento sexual", esclarece. 
Para a psicóloga Joana dArc Arioza Marcatto, de Rio Preto, a sexualidade acontece como em qualquer outro adolescente, o que vai diferenciar é o seu desenvolvimento intelectual. Os desejos e as manifestações acontecem naturalmente, o importante é orientá-los corretamente. "É importante nesse momento termos a sensibilidade de interpretar as manifestações fisiológicas e as descobertas sexuais que acontecem com a exploração do corpo, ainda mais hoje que temos uma mídia muito presente no convívio de todos", orienta. 
Costuma-se dizer que as pessoas com Síndrome de Down têm uma sexualidade exacerbada, mas, de acordo com a coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente de Mirassol, não é nada disso. "A falta de maturidade emocional ou dificuldade de entender as relações interpessoais ocorre devido à uma educação inadequada, que não os deixam crescer, amadurecer. A maioria é infantilizada. Eles acreditam que são anjos e assexuados. É muito tempo ocioso e, por isso, buscam prazer na masturbação. Já adolescentes sem deficiência ocupam o tempo com outras atividades."
Joana dArc explica que para os pais esse é um período muito difícil, angustiante, pois é o momento em que eles deixam de enxergar o filho como criança e passam a ter que aceitar que estão crescendo e iniciando uma vida adulta. "Não podemos deixar de ressaltar que a preocupação maior é a do abuso sexual, da gestação indesejado e da doença sexualmente transmissível", alerta. 
Para Fátima, falar sobre sexo foi considerado um tabu por muito tempo, mais ainda quando se trata de pessoas com deficiência intelectual. "A educação sexual ainda hoje está longe da realidade das escolas. Trabalhamos com oficinas educativas e inclusivas tanto com os pais como com os adolescentes. É preciso ter paciência e criar vínculo com eles. O resultado é muito bom", comemora a pediatra.

sexualidade_jovens síndrome de Down 2Renan e a namorada, Juliana: eles conversam abertamente sobre sexo com os pais, curtindo o melhor do namoro como todo casal de adolescentes
O último romântico
Renan Henrique Codogno, 19 anos, é um adolescente romântico. Se apaixonou por Juliana Vieira, 17, assim que a viu. Eles se conheceram através do tio de Juliana, que é amigo do pai de Renan. O pedido de namoro veio logo. "Renan tomou a iniciativa de pedí-la em namoro aos pais dela. Reunimos as duas famílias e os pais dela concordaram porque pensam como nós; não há como ignorar que nossos filhos têm sentimentos como qualquer outra pessoa. Isso não pode ser trancado dentro de um armário. Seria até contraditório, pois lutamos tanto por uma inclusão sem barreira", reforça a mãe de Renan, Sandra Codogno, que mergulhou na pedagogia para entender o universo do filho com Síndrome de Down.
Renan conta que mata a saudade de Juliana por ligações, mensagens e e-mails, mas sempre que podem se encontram. "Eu sinto muita falta, mas, sempre que podemos, estamos juntos", conta. Sexo não é tabu para o adolescente. Ele diz que sempre falou abertamente com seus pais sobre o assunto, mas ainda não vivenciou a experiência. "Nunca tive problema em conversar com os meus pais. Sinto desejos como qualquer adolescente, mas ainda não é momento; somos novos, temos tempo. Tem que ser algo especial para os dois", diz. 
A incursão de Sandra no universo da deficiência intelectual resultou na criação do Centro de Desenvolvimento Humano. "Com o nascimento do Renan, precisei reformular toda a minha vida. Fui para a faculdade fazer um curso que melhor o auxiliasse. Fiz pedagogia, pós em psicopedagogia, educação inclusiva e especialização em educação especial para poder dar continuidade a um trabalho de estimulação que começou quando ele tinha 45 dias", declara.
O Centro foi fundado em 2009, em Rio Preto, desenvolvendo um trabalho global, individualizado ou em grupo, com bebês, crianças, jovens e adultos: estimulação precoce, psicomotricidade, psicopedagogia, acompanhamento pedagógico, musicoterapia, psicologia, grupos terapêuticos sociais e assessoria em escolas. "Como mãe eu lido todos os dias com desafios diferentes. Nós enfrentamos um dia de cada vez. Todos os desafios são grandes, enormes, mas lidar com o preconceito é o maior deles. O Renan todos os dias tem que mostrar as suas competências e habilidades porque a sociedade cobra isso dele, mais do que de qualquer outro adolescente", diz. Renan é um adolescente em fase de descobertas, e Sandra explica que, desde que as primeiras dúvidas sobre sexo surgiram, ela e o marido deram todo o suporte necessário. "Esse assunto sempre foi muito discutido e orientado por mim e pelo pai. Desde que surgiram as primeira dúvidas falamos de maneira clara e tentamos esclarecer todas", conta. 








JOVEM PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN FAZ PROVA DO ENEM


Sílvio Codogno, pai de Renan, abraça o filho na saída da prova (Foto: Marcos Lavezo/G1)


Prestar o Exame Nacional do Ensino Médio para o estudante Renan Henrique Codogno, de 18 anos, foi uma prova de superação. O jovem tem Síndrome de Down e fez a prova pela primeira vez neste sábado (8), em uma faculdade de São José do Rio Preto (SP). Para ele, responder as 90 questões não foi tarefa fácil. “Foi muito difícil a prova, mas estou muito feliz de ter prestado”, afirma o estudante.
 Depois das quatro horas de prova, a família de Renan estava na frente da faculdade, esperando para recebê-lo de braços abertos e orgulhosos pela superação do filho mais novo. Renan já faz curso técnico de meio ambiente, em paralelo com o ensino médio, e sonha em fazer uma faculdade.
“É muito orgulho, uma emoção que não tem tamanho. Ficamos na expectativa desde quando ele fez a inscrição. Hoje tentei trabalhar em casa, mas não consegui fazer nada, fiquei pensando de como ele estava indo na prova. Isso mostra que um trabalho bem feito se pode ir longe”, afirma Sílvio Codogno, pai do Renan.
Por causa da Síndrome de Down, Renan fez a prova em uma sala separada dos outros alunos e contou com a ajuda de dois mediadores, que o ajudaram na leitura da prova, quando ele tinha alguma dificuldade. A sala separada era para não atrapalhar os outros alunos. Mas, o nível de dificuldade da prova e a duração foi a mesma que de qualquer outro candidato.
“Estou muito feliz, não pelo resultado da prova, mas por ele ter rompido esta barreira, estar fazendo a prova. Ele foi muito preparado pela escola, fez vários simulados, treinamos ele por três anos durante o ensino médio, então para ele foi muito importante fazer a prova como qualquer outro estudante, foi uma grande vitória”, afirma Sandra Maria Ferreira Codogno, 49 anos, mãe de Renan.
O estudante voltará neste domingo (9) para o segundo dia de prova. Neste sábado, o Enem testou os candidatos em questões voltadas para ciências humanas (45 questões) e também ciências da natureza (45 questões). O início da prova foi às 13h (de Brasília) e teve duração de quatro horas.
Já neste domingo serão mais 45 questões de linguagens e códigos, além de mais 45 questões de matemática e a redação. A prova no domingo também começa às 13h, mas tem durante de 5h30. A partir das 15h o aluno pode sair da prova sem o caderno de questões e a partir das 18h ele pode sair com o caderno de questões.
 Fonte: Globo.com