Documentos Psicopedagógicos



Antes de abordarmos a temática escolhida para esta semana:

Documentos psicopedagógicos:

Precisamos fazer um exercício diário e contínuo de policiamento de nossas ações! Isso mesmo! Somos psicopedagogos, detetives das dificuldades de aprendizagem.
Manter um distanciamento profissional do paciente é questão sinequanon.
Quando a referência é distanciamento, repare que o termo escrito vem junto com a palavra profissional.
Distanciamento profissional não tem nada a ver com agir de forma seca, ou rude.
O profissional deve manter uma escuta ativa e um olhar clínico. Não pode ser amigo do paciente. Deve ser terapeuta desse paciente.
O vínculo pode ser formado numa relação respeitosa e profissional. Porque a intimidade no local terapêutico pode mascarar as reais dificuldades desse paciente.
Evite dar “dicas” durante uma avaliação, controle a feição de aprovação ou reprovação. Seja acolhedora porém mantenha a atenção no que o paciente sabe fazer até agora, no que ele já automatizou e consegue realizar sem ajuda!
A avaliação precisa ser crua, as pistas não podem ser dadas. Responda o que lhe foi perguntado pelo paciente. Não vá além.
As consignas (comandos) precisam ser claros. Se tiver dúvida, repita quantas vezes for necessário e de formas diferentes, mas sem dar a resposta ou induzir a fazer o que tem que ser feito.
Deixe o paciente fazer o que ele sabe
A avaliação psicopedagógica reúne muitos passos indispensáveis a uma boa prática clínica, dentre elas a EOCA, explicada no post anterior e mais:
♦️entrevista contratual
♦️anamnese
♦️EOCA
♦️Provas lúdicas
♦️Provas pedagógicas
♦️Provas operatórias
♦️Testes projetivos
♦️Entrevista com a escola
♦️Testes complementares: análise
do material escolar, avaliação
psicomotora,
♦️Informe de evolução
♦️relatório psicopedagógico
♦️Devolutiva
♦️Encaminhamento
♦️Plano de intervenção
psicopedagógica

Documentos Psicopedagógicos e seus Princípios

A avaliação psicopedagógica e(ou) neuropsicopedagógica são entendidas como o processos técnico-científicos de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos relacionados a aprendizagem. A partir do estudo da origem da dificuldade em aprender, o psicopedagogo/neuropsicopedagogo desenvolve atividades que estimulam as funções cognitivas que não estão ativadas no paciente e a questão afetiva e social.

Os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos, familiares, sociais e seus efeitos para ser feito um acompanhamento adequado de acordo com cada queixa apresentada. Quando existe a dificuldade para articular o “eu” e o “outro”, significa falta de autonomia para a aprendizagem, acontece uma discrepância entre o corpo, o pensamento e a emoção.

O psicopedagogo assim como o neuropsicopedagogo tem a função de auxiliar o indivíduo que não aprende a se encontrar nesse processo, além de ajudá-lo a desenvolver habilidades para isso. Numa linha terapêutica a função é tratar a dificuldade de aprendizagem, diagnosticando e desenvolvendo técnicas remediativas. A elaboração das documentações são importantes e devem seguir alguns princípios como:

Princípios Técnicos da Linguagem Escrita

O documento deve, na linguagem escrita, apresentar uma redação bem estruturada e definida, expressando o que se quer comunicar. Deve ter uma ordenação que possibilite a compreensão por quem o lê, o que é fornecido pela estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da correção gramatical.

O emprego de frases e termos deve ser compatível com as expressões próprias da linguagem profissional, garantindo a precisão da comunicação, evitando a diversidade de significações da linguagem popular, considerando a quem o documento será destinado.

A comunicação deve ainda apresentar como qualidades: a clareza, a concisão e a harmonia. A clareza se traduz, na estrutura frasal, pela sequência ou ordenamento adequado dos conteúdos, pela explicitação da natureza e função de cada parte na construção do todo. A concisão se verifica no emprego da linguagem adequada, da palavra exata e necessária. Essa “economia verbal” requer do psicopedagogo/neuropsicopedagogo a atenção para o equilíbrio que evite uma redação lacônica ou o exagero de uma redação prolixa. Finalmente, a harmonia se traduz na correlação adequada das frases, no aspecto sonoro e na ausência de cacofonias.

Princípios Éticos

Na elaboração de DOCUMENTO, o psicopedagogo/neuropsicopedagogo baseará suas informações na observância dos princípios e dispositivos dos Códigos de Ética Profissional dos Psicopedagogo e Neuropsicopedagogos. Enfatizamos aqui os cuidados em relação aos deveres do psicopedagogo e neuropsicopedagogo nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, a segurança dos dados assim como o alcance das informações. Deve-se realizar uma prestação de serviço responsável pela execução de um trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o compromisso social da Psicopedagogia e Neuropsicopedagogia.

Princípios Técnicos

O processo de avaliação Psicopedagógica e Neuropsicopedagógica devem considerar todos os objetos dos procedimentos (sessões realizadas). Esses profissionais, ao produzirem documentos escritos, devem se basear exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, anamneses,  testes, observações, atividades, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicopedagógicas e neuropsicopedagógicas para a coleta de dados, estudos e interpretações de informações a respeito da pessoa  atendida, assim como outros materiais e documentos produzidos anteriormente e pertinentes á questão.

Modalidades de Documentos
  • Informes
  • Devolução
  • Declaração
  • Comprovante de Acompanhamento
  • História de Vida
  • Anamneses
  • Autorização
  • Encaminhamento
  • Contrato
  • Relatório
  • Laudo dentre outros…

É fundamental que os profissionais tenham muita atenção ao produzir quaisquer documentos, visto a importância dos mesmos. Segue em anexo alguns modelos que poderão ser adaptados e utilizados conforme a necessidade.


 

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