sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Autismo e os barulhos festivos de final de ano.....

Como Psicopedagoga penso nos Autistas no dia das festas de finais de ano.......
É sabido que final de ano, festas e comemorações, enfim, fogos de artíficos, rojões e barulhos sabemos que os animais de estimação como cães, idosos e algumas crianças sofrem com o barulho. Mas o que muita gente de repente não sabe é que os AUTISTAS sofrem e muito nesta época.
Muitas crianças com autismo têm ‘ouvidos’ supersensíveis a ruídos e experiência de reações intensificadas a pressões súbitas, estalos ou estouros, especialmente fogos de artifício.
Muitas crianças com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) têm dificuldade em regular a informação sensorial que lhes bombardeia diariamente. Elas podem ser excessivamente sensíveis ou sub-sensível a sons e podem ter dificuldade em interpretar informações sensoriais que seu cérebro recebe.




Dicas e Sugestões
Sabemos que nem sempre é possível prever tudo em nosso ambiente, mas aqui estão algumas sugestões a considerar quando se trata de épocas de comemorações, rojões e fogos de artifícios…
Prepare o seu filho.
preparandoSe o seu filho tem idade suficiente, tenha o tempo para explicar o significado das festividades locais e os costumes que o acompanham. Deixe seu filho saber de antemão o que pode acontecer e discutir o que tanto você e ele podem fazer com antecedência dará a seu filho algum senso de controle e ajudar a reduzir o seu nível de ansiedade.
histórias sociais:
post03Se o seu filho é jovem, uma história social, vai funcionar muito bem para prepará-la para qualquer evento que pode ser estressante. Procure imagens na internet, monte historinhas, ou faça com recortes de jornal ou de revista.Vale a criatividade nessa hora. O princípio é contar através de histórias sociais o que ocorre nessas épocas e como ele pode reagir a isso…
Proteja o ouvido do seu filho. Sim, você sempre pode usar as mãos para tampar post05orelhas do seu filho, mas que nem sempre é prático. Esteja preparado para qualquer coisa como levar ou ter em mãos um par de tampões de ouvido com diminuição de ruído fones de ouvido ou caso você vá aventurar a sair de casa, especialmente à noite. Há alguns
post04pais que são mesmo capazes de levar a criança sensível para ver uma queima de fogos ou ver a festividade com o uso de um protetor auricular de qualidade
Incentive e trabalhe ensinar a respiração profunda
Todas as crianças precisam aprender técnicas auto-calmante para lidar com eventos da vida – no presente ou futuro. As crianças nunca são jovens demais para ser introduzida para proativas medidas que podem ser tomadas regular suas reações às coisas ou eventos que podem causar ansiedade. Ensinar uma criança a respirar profundamente ajuda suprimento de oxigênio para seu corpo e cérebro para ajudá-los a funcionar de forma mais eficiente, bem como relaxar seus músculos.
Use recursos digitais e Dê demonstrações.
Encontre um filme ou vídeo para assistir cerca de fogos de artifício, barulhos, e do evento que irá ocorrer, o Youtube hoje é uma grande ferramenta que pode ser usada como auxílio. Pois Ver em uma tela além dele poder associar os acontecimentos lhe permite que você controle o volume. Comece com o volume baixo e aumentar gradualmente a quantidade um pouco acima do nível de tolerância do seu filho. Isso é chamado de dessensibilização gradual e é uma boa maneira de ajudar seu filho a se tornar mais confortável com as coisas que são difíceis. Você também pode tentar um treino em casa começando com pequenos ruídos de estalo e adicionando estrelinha de fogos para o efeito visual em seu próprio quintal. Existem também aplicativos interativo livre, como fogos, comemorações etc. que fornece uma criança com um feedback imediato ao mostrar uma representação visual das escolhas feitas durante o desenvolvimento de fogos de uma compreensão de conceitos descritivos, como o número, tamanho e cor de uma forma divertida e descontraída.
Tenha um plano B.
Se você decidir tentar ir em eventos que terá queima de fogos, ou muito barulho esteja preparado para socorre-la em qualquer momento. Apesar do fato de que você gastou tempo preparando seu filho e ter um par de fones de ouvido disponíveis, as coisas podem não funcionar como planejado. Tenha isso em mente quando estacionar o carro, então você pode ter como ir embora de forma fácil com seu filho.
Procure alternativas. Para aqueles acham que não vale a pena o esforço de sair de casa ou ir em lugares que poderão ter queima de fogos, mas seu filho mostra algum interesse em participar de eventos da copa e festividades, procure uma alternativa amigável, sensorialmente falando. Que tal reunir familiares em casa, ou no quintal. Ou sempre a convide amigos em lugares mais calmo com pouca gente. E sem a queima de fogos. Opções assim podem ser equilíbrio.

Rojões, foguetes e barulhos e os autistas ?

Relato de uma mãe de uma pessoa Autista sobre os barulhos festivos de final de ano:
“O barulho dos fogos deixa meu filho autista agitado e com muito medo”, diz mãe
Mãe relata problemas causados pelos fogos de artifício; projeto pretende proibir a venda na cidade
“Já tentamos de tudo. Compramos fone de ouvido. Colocamos músicas para disfarçar o barulho. Infelizmente, todas as tentativas frustradas. O barulho dos fogos deixa meu filho autista extremamente agitado e com muito medo. É perturbador vê-lo naquele estado e não ter condições de fazer nada, apenas chorar escondido”.
O relato é da diarista Zuleica Marques, de 36 anos, mãe do Samuel, de 11 anos. Ambos moram no Jardim Vitória, em Suzano. Samuel é autista. Ele faz tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) infatojuvenil “Entrelaços”, localizado no município. Na unidade é acompanhado por uma equipe multidisciplinar. O diagnóstico comprovado de autismo veio há dois anos, mas a suspeita da doença o acompanhava desde os dois anos de idade.
“O Samuel é uma criança tranquila, sociável e muito carinhosa, porém, quando ouve o barulho dos fogos ele se transforma”, contou Zuleica. “E este comportamento não ocorre com outros barulhos, como um escapamento de caminhão ou um som alto. É o estampido dos fogos de artifício que o faz ficar com medo. Chega a sair gritando e querendo se esconder”, descreveu a mãe do Samuel.
Zuleica e o marido dela, José, já tentaram amenizar as crises, mas nada deu certo. A única maneira de diminuir os efeitos do transtorno causado pelo barulho dos fogos é ir para um quarto, reunir a família e trancar portas e janelas. “O pai, a mãe, os irmãos, e o lar dele são os únicos refúgios que o Samuel encontra nestes momentos de crise. Escondemos o choro e ficamos ao lado dele, o apoiando e o encorajando a superar. É uma situação muito difícil para nós e para ele, porque a sensibilidade dele, por ser autista, é muito maior que a nossa”, descreveu.
Para Zuleica, Samuel e todo restante da família, as festas tradicionais como o Natal e o Ano Novo têm uma comemoração diferente da maioria das pessoas. “No Natal, fazemos a troca de presentes muito antes da meia-noite. A solução que encontramos é dormir cedo, antes dos fogos. O mesmo ocorre no Ano Novo. Tivemos que nos adaptar. Foi o jeito”, relatou.
“Enquanto existir o barulho dos fogos, não conseguiremos comemorar a Virada do Ano. Ou o Samuel evolui e diminui o grau do autismo ou as pessoas se conscientizam do mal que o barulho dos fogos causa aos autistas”, disse Zuleica.
Samuel é uma das muitas crianças autistas que poderão ser beneficiadas com o projeto do vereador suzanense Lisandro Frederico, que proíbe fogos de artifício com barulho na cidade. Um audiência pública para discutir a proposta será realizada no dia 19 de setembro, às 19 horas, na Câmara Municipal.
Assim como Zuleica, a Comissão do Bem Estar Animal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Suzano, a Associação da Melhor Idade, e o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS infatojuvenil “Entrelaços” já manifestarem apoio à iniciativa.
“É pensando no Samuel, na família dele e nas muitas outras crianças que sofrem com autismo, que apresentamos este projeto”, afirmou Lisandro.

Fonofobia (Medo de barulho): Causas, sintomas, tratamentos




O medo de barulhos altos é conhecido por vários nomes diferentes: Ligirofobia, acusticofobia, sonofobia ou fonofobia. Todos esses diferentes termos têm suas raízes na palavra grega para “barulho, som ou ruído”.
Não importa quão preparado esteja: a súbita explosão de um alarme pode causar susto e pânico. Ligirofobia é uma fobia bastante comum, que afeta muitas pessoas, jovens e idosos, em todo o mundo.
Nós seres humanos costumamos configurar alarmes despertadores para acordar, além de instalar alarmes de segurança e dormir profundamente no conhecimento de que vamos ser notificados de intrusos ou assaltantes graças a esses alarmes (no caso dos americanos). No entanto, quando o alarme toca, tendemos a ficar em pânico e desorientados. Em indivíduos normais, esta reação geralmente só dura apenas alguns segundos e a maioria de nós acorda de forma suficientemente rápida para discar o número de emergência. Em caso de fonofobia, porém, o indivíduo simplesmente não pode tomar qualquer ação, devido ao ruído alta bombando em torno dele. O termo clínico para o medo de barulhos altos é Ligirofobia- onde Ligyro significa “agudo” em grego.
Causas de Ligirofobia
Até certo ponto o medo de barulhos altos é embutido em seres humanos. Desde o alvorecer da humanidade, qualquer som novo, agudo ou alto iria conduzir os ser humano à um estado de fuga, a fim de manter-se seguro.

Ericka Vanessa x Psicopedagoga

pudesse aprender. Então resolvi fazer minha monografia sobre o tema, lembro me que acharam uma loucura pois como iria conseguir material para tão trabalho. Estudei, pesquisei noites a fio incansavelmente, brincava que estava me transformando em uma smurfete cor azul do autismo) com todo amor, respeito e carinho. Aprendi muito com Dr. Clay Brites e sua esposa Luciana Brites através dos inúmeros cursos e palestras que assisti, descobri um mundo que jamais poderia imaginar que existisse. E assim me apaixonei.
Da monografia que apresentei minha bancada não sabia nada a respeito e creio que aprenderam um mundo novo e até o momento desconhecido. Aí não arei mais. Realizei na Câmara Municipal de Cachoeira Paulista a I Audiência Pública sobre Síndromes e Transtornos de Aprendizagem : Desafios do Novo Século e consegui trazer Palestrantes de peso como Neuropediatra Drª Gisele Leal Xavier Pinto (Clínica Neurodoctor) - Lorena - SP
Psicóloga e Psicopedagoga :Aline Tayná
Vereador de Lorena : Fábio Matos e Assessoria Parlamentar Grazi Staut
Graziele - Instituto Cacau - Lorena
Meu carinho especial também ao Vídeo da Defensoria Pública Doutora Renata Flores Tibyriça.
Agradeço apoio recebido das minhas queridas amigas Cidinha Silva e Nuriane Freitas.
Autismo é vida, é alegria, dê amor e ensine amor.




Menino autista escreve poema encantador sobre ser singular
Benjamin Giroux, de 10 anos, recebeu milhares de mensagens de apoio nas redes sociais
Em abril, celebra-se o Mês Nacional da Poesia nos Estados Unidos. Para marcar a data, a professora de Benjamin Giroux, da Cumberland Head Elementary School em Plattsburgh, Nova York, deu uma tarefa a sua classe da quinta série: cada aluno deveria escrever um poema sobre si mesmo, começando os versos com a sentença “I am” – ‘eu sou’, em inglês.
Benjamin Giroux, de 10 anos de idade, tem síndrome de Asperger – uma forma de autismo. Costuma conversar pouco, mas ficou bastante ansioso para começar a escrever o seu poema e, quando terminou, imediatamente mostrou as pais, que se surpreenderam com o resultado.
O poema começa dizendo “I am odd, I am new” – ‘eu sou singular, eu sou novo’. Em outros versos, ele diz ‘Eu tento me encaixar/ Espero que um dia eu consiga’ e ‘Eu choro quando as pessoas riem, isso me faz encolher’.
No dia seguinte, os alunos leriam os poemas para a classe. Diante do nervosismo, Benjamin não conseguiu ir à aula. Ele achou que seu poema não estava bom, então seu pai decidiu postar uma foto do que o menino escreveu em sua página no Facebook, para, quem sabe, receber curtidas e mensagens de apoio dos amigos e familiares.
A surpresa foi que a Associação Nacional de Autismo viu a foto e compartilhou em sua página, recebendo milhares de respostas de estranhos dizendo o quanto o poema foi capaz de as inspirar.

Em tradução livre:
Eu sou singular, eu sou novo
Eu gostaria de saber se você é também
Eu ouço vozes no ar
Eu vejo que você não, e isso não parece justo
Eu gostaria de não me sentir triste
Eu sou singular, eu sou novo
Eu finjo que você também é
Eu me sinto como um menino no espaço sideral
Eu toco as estrelas e me sinto fora de lugar
Eu me preocupo com o que os outros podem pensar
Eu choro quando as pessoas riem, isso me faz encolher
Eu sou singular, eu sou novo
Eu entendo agora que você também é
Eu digo ‘Eu me sinto como um rejeitado’
Eu sonho com o dia em que isso será ok
Eu tento me encaixar
Eu espero conseguir um dia
Eu sou singular, eu sou novo

A ponte do amor!

Construa-me uma ponte (Poema dos autistas)
Eu sei que você e eu
Nunca fomos iguais.
E eu costumava olhar para as estrelas à noite
E queria saber de qual delas eu vim.
Porque eu pareço ser parte de um outro mundo
E eu nunca saberei do que ele é feito.
A não ser que você me construa uma ponte, construa-me uma ponte,
Construa-me uma ponte de amor.
eu espero pelo dia no qual você sorrirá para mim
apenas porque perceberá que existe uma pessoa decente e inteligente
enterrada profundamente em meus olhos caleidoscópios,
pois eu tenho visto como as pessoas me olham
embora eu nada tenho feito de errado.
construa-me uma ponte, construa-me uma ponte,
e, por favor , não demore muito.
Vivendo na beira do medo,
Vozes ecoam como trovão em meus ouvidos,
Vendo como eu me escondo todo dia.
Estou apenas esperando que o medo vá embora,
Eu quero muito ser uma parte do seu mundo.
eu quero muito ser bem sucedido,
e tudo o que preciso é ter uma ponte,
uma ponte construída de mim até você,
e eu estarei junto à você para sempre,
nada poderá nos separar,
se você me construir uma ponte, uma pequena, minúscula ponte
de minha alma, para o fundo do seu coração.
Poema: Mc Kean, autista, escritor
Retirado da monografia de Maria Lúcia Salazar Machado